segunda-feira, 19 de novembro de 2012 1 comentários

Matemática - Medidas de comprimento



MEDIDAS DE COMPRIMENTO

Para medirmos comprimento, usamos como unidade o metro, que representamos pelo símbolo m (lê-se metro).

Medidas maiores que o metro
1000 m = 1 km (quilometro)
100 m = 1 (hectômetro)
10 m = 1 dam (decâmetro)

Medidas menores que o metro
1 m = 10 dm (decímetro)
1 m = 100 cm (centímetro)
1 m = 1000 mm ( milímetro)

Não se esqueça: Os símbolos são escritos com letras minúsculas, sem ponto e sem s para indicar o plural.



LEITURA DAS MEDIDAS DE COMPRIMENTO

Vejamos os exemplos:

a) 8,425 Km -Lê-se " 8 quilômetros e 425 metros" ou "8 vírgulas 425 quilômetros"

b) 15,6 m - Lê-se "15 metros e 6 decímetros" ou "15 vírgula 6 metros"

c) 0,73 m - Lê-se "73 centímetros" ou "0 vírgula 73 metros"


MUDANÇAS DE UNIDADES

Cada unidade de comprimento é 10 vezes maior que a unidade imediatamente infeior.


km -----hm-----dam-----m------dm------cm-----mm


A mudança de unidade se faz com o deslocamento da vírgula para a direita ou esquerda.


Exemplos

a) Transformar 5,473 km em metros:
5,473 Km = ( 5,473 x 1000) m = 5473 m

b) Transformar 0,082 hm em metros:
0,082 hm = (0,082 x 100 ) m = 8,2 m

c) transformar 70 cm em metros:
70 cm = ( 70 : 100 ) m = 0,70 m

d) Transformar 92,8 dm em metro:
92,8 dm = ( 92,8 : 10 ) m = 9,28 m


Beijinhos!

Hélia
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História - Revoltas da República Velha




Durante a República Velha (1889 a 1930) aconteceram revoltas, na sua grande maioria, provocadas por questões políticas, religiosas, misérias, disputas de terras ou pelo poder.

As principais revoltas ocorridas nesse período foram:

1 - Revolta da Armada/Federalista: A chamada Revolta da Armada foi um movimento de rebelião promovido por unidades da Marinha do Brasil contra o governo do marechal Floriano Peixoto, supostamente apoiada pela oposição monarquista à recente instalação da República

2 - Revolta de Canudos: A chamada Guerra de Canudos, revolução de Canudos ou insurreição de Canudos, foi o confronto entre um movimento popular de fundo sócio-religioso e o Exército da República, que durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no Brasil. O episódio foi fruto de uma série de fatores como a grave crise econômica e social em que encontrava a região à época, historicamente caracterizada pela presença de latifúndios improdutivos, situação essa agravada pela ocorrência de secas cíclicas, de desemprego crônico; pela crença numa salvação milagrosa que pouparia os humildes habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social.

3 - Revolta da Vacina: No inicio do século XX, a cidade do Rio de Janeiro, como capital da República, apesar de possuir belos palacetes e casarões, tinha graves problemas urbanos: rede insuficiente de água e esgoto, coleta de resíduos precária e cortiços  super povoados. Alastravam-se, sobretudo, grandes epidemias de febre amarela, varíola e peste bubônica. Nesse ambiente proliferavam muitas doenças tuberculose, o sarampo, o tifo e a hanseníase. Decidido a sanear e modernizar a cidade, o então presidente da República Rodrigues Alves (1902-1906) deu plenos poderes ao prefeito Pereira Passos e ao médico Dr.Oswaldo Cruz para executarem um grande projeto sanitário. O prefeito pôs em prática uma ampla reforma urbana, que ficou conhecida como bota abaixo, em razão das demolições dos velhos prédios e cortiços, que deram lugar a grandes avenidas, edifícios e jardins. Milhares de pessoas pobres foram desalojadas à força, sendo obrigadas a morar nos morros e na periferia.

4 - Contestado: A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira disputada pelos estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina. Originada nos problemas sociais, decorrentes principalmente da falta de regularização da posse de terras, e da insatisfação da população hipossuficiente, numa região em que a presença do poder público era pífia, o embate foi agravado ainda pelo fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por parte dos caboclos revoltados, de que se tratava de uma guerra santa.

5 - Revolta da Chibata: A Revolta da Chibata foi um movimento de militares da Marinha do Brasil, planejado por cerca de dois anos e que culminou com um motim que se desenrolou de 22 a 27 de novembro de 1910 na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, à época a capital do país, sob a liderança do marinheiro João Cândido Felisberto. Na ocasião, mais de dois mil marinheiros rebelaram-se contra a aplicação de castigos físicos a eles impostos como punição, ameaçando bombardear a cidade. Durante os seis dias do motim seis oficiais foram mortos, entre eles o comandante do Encouraçado Minas Gerais, João Batista das Neves.

6 - Revolta de 1930: A Revolução de 1930 foi o movimento armado, liderado pelos estados de Minas Gerais, ParaíbaRio Grande do Sul, que culminou com o golpe de Estado, o Golpe de 1930, que depôs o presidente da república Washington Luís em 24 de outubro de 1930, impediu a posse do presidente eleito Júlio Prestes e pôs fim à República Velha. Em 1929, lideranças de São Paulo romperam a aliança com os mineiros, conhecida como política do café-com-leite, e indicaram o paulista Júlio Prestes como candidato à presidência da República. Em reação, o Presidente de Minas Gerais, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada apoiou a candidatura oposicionista do gaúcho Getúlio Vargas. Em 1º de março de 1930, houve eleições para presidente da República que deram a vitória ao candidato governista, que era o presidente do estado de São Paulo Júlio Prestes. Porém, Júlio Prestes não tomou posse, em virtude do golpe de estado desencadeado a 3 de outubro de 1930, e foi exilado.

7 - Revolta Constitucionalista: A Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista, foi o movimento armado ocorrido no Brasil entre os meses de julho e outubro de 1932, onde o Estado de São Paulo visava a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil. Foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, a qual acabou com a autonomia que os estados gozavam durante a vigência da Constituição de 1891. A revolução de 1930 impediu a posse do governador de São Paulo Júlio Prestes na presidência da República e derrubou do poder o presidente Washington Luís que fora governador de São Paulo de 1920 a 1924. Atualmente, o dia 9 de julho que marca o início da Revolução de 1932, é a data cívica mais importante do estado de São Paulo e feriado estadual. Os paulistas consideram a Revolução de 1932 como sendo o maior movimento cívico de sua história.


Queridos, espero que vocês aproveitem essa postagem para colocarem os estudos em dia!

Beijinhos!

Hélia
segunda-feira, 5 de novembro de 2012 1 comentários

Naquele tempo... Novela "Lado a Lado" e a mulher no início da República


Qual era o papel da mulher na sociedade do início da República no Brasil? Quais eram os seus direitos e deveres? Será que a situação era muito diferente do que vemos hoje em dia? Nesse texto, extraído do site globo.com, podemos conhecer um pouquinho mais - pelo que é mostrado na novela e pelo que é explicado por historiadores.


Naquele Tempo... Por que Constância não permitia que Laura 

trabalhasse?

Edgar e Laura estão radiantes com o casamento (Foto: Lado a Lado / TV Globo)Laura pertence à elite, mas é influenciada por feministas pioneiras (Foto: Lado a Lado / TV Globo)








"Laura — Um dia, quem sabe, minha mãe vai entender... Solteira ou casada, quero estudar, trabalhar. Não tem nada demais. Muitas mulheres já fazem isso.
Celinha — Muitas não, Laurinha. Poucas, pouquíssimas. Se for pra contar nos dedos, não enche uma mão."
Tia Celinha e Laura são mulheres da mesma classe social, a elite, mas representam perfis femininos distintos. Laura é jovem, combativa, questionadora e rejeita o destino que a sociedade reservou ao sexo feminino; tia Celinha é mais velha, solteirona e reproduz para a sobrinha os valores tradicionais que aprendeu. Partindo destas duas persongens, pode-se refletir sobre as mulheres e sobre o que delas esperava a jovem República brasileira.
As mulheres da elite
A mulher exemplar era aquela ligada à família e à maternidade, comportando-se com recato e pudor. Elegante, resignada, frágil, generosa, a mulher ideal tinha que ser quase uma santa – em oposição à natureza forte do homem. Essas concepções eram veiculadas pela literatura, pela imprensa e também pela psiquiatria e pela medicina, que muitas vezes tentava provar a inferioridade biológica da mulher.
Em uma sociedade em que o progresso estava ligado à ordem, as mulheres cuja sexualidade não se mostrava a serviço da maternidade e da família eram sinônimo de desordem. As solteiras – como a tia Celinha – eram alvo de ironia, vivendo em um estado civil considerado humilhante e vergonhoso, sem sexo e sem sexualidade. Libertinas e prostitutas eram vistas como mulheres sem honra, com excesso de sexualidade, vivendo apenas para o prazer.
A mulher de boa família devia conhecer outros idiomas e ter dotes manuais e artísticos. O estudo e a educação também eram importantes. Mas apenas na medida em que atendiam às necessidades da sociedade que se modernizava. A mulher-mãe sem instrução não seria capaz de educar os filhos – futuros cidadãos do Brasil civilizado – nem de acompanhar socialmente o marido. A mulher tinha, portanto, uma função social importante. Apesar de importante no jogo social, a mulher, pela Constituição de 1891, não tinha direito ao voto. Votar para quê – se o seu destino era viver para a família? A maternidade e a cidadania eram consideradas incompatíveis.
Não se aceitava que a mulher trabalhasse para se realizar profissionalmente – ou por puro prazer. Além disso, o trabalho remunerado feminino envergonhava o marido – ou o pai –, que aos olhos da sociedade teria fracassado como provedor da família. A mulher devia evitar comportamentos que pudessem afetar a sua honra, a dos pais e a do marido.
Nas famílias menos abastadas aceitava-se mais facilmente o trabalho feminino e muitas mulheres tornavam-se professoras – profissão considerada honesta por ter relação com o papel maternal da mulher. Na novela, por exemplo, Sandra, mulher do delegado Praxedes, é professora e trabalha na biblioteca.
As mulheres da elite não ficavam apenas em casa e já tinham mais liberdade para circular pela cidade. Nas ruas, com roupas e jóias, mostravam a posição social de suas famílias; nos salões e nos chás, exibiam seu comportamento refinado. Mas a mulher de boa família tinha que sair acompanhada, pois sozinha podia ser mal vista ou importunada. E além disso, nem todos os lugares da cidade lhe eram permitidos.
O outro lado da imagem acomodada e disciplinada da mulher da classe alta conservadora é representado pelas milhares de mulheres pobres e pelas poucas vanguardistas que questionavam as leis e as regras sociais.
Leia mais em:

http://tvg.globo.com/novelas/lado-a-lado/plantao/Fique-por-dentro/naquele-tempo/1.html

Beijinhos!

Hélia
domingo, 28 de outubro de 2012 1 comentários

Turma 22 D na Feira de Ciência, Tecnologia e Cultura da PBH

No dia 23/10/12 a turma 22D visitou a 3ª Feira de Ciência, Tecnologia e Cultura, promovida pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Tivemos a oportunidade de ver o trabalho desenvolvido por diversas escolas da capital. Os alunos tiveram a liberdade de escolher os stands que queriam visitar. Assim, foi uma tarde de muito aprendizado, para quem soube aproveitar. Afinal, a liberdade traz responsabilidade. Cabe a cada um saber aproveitar as oportunidades!



Sobre a Feira e Mostra de Ciência, Cultura e Tecnologia

O desenvolvimento de Feiras e Mostras de Ciência, Cultura e Tecnologia tem como foco o protagonismo dos estudantes no seu processo de formação, através do desenvolvimento de projetos de trabalhos, pesquisa, uso da tecnologia, solução de desafios gerados por problemas práticos, valorização da cultura local, do patrimônio e da produção cultural dos educandos.

Nesta proposta, os projetos destinados a gerar os produtos para as Feiras e Mostras de Ciências, Cultura e Tecnologia devem constituir-se de atividades de ensino e aprendizagem realizadas na escola ao longo do ano. Essas atividades devem ter o objetivo de criar oportunidades diferenciadas e de fomentar aprendizagens das diversas disciplinas curriculares que integram as áreas de ciências naturais e suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias, de  acordo com as Proposições Curriculares. Sob essa ótica, o mais importante não é competir, mas expor trabalhos em ambientes descontraídos concebidos como espaços para aprender e ensinar, para conviver e trocar experiências, contribuindo para a formação dos estudantes e professores.


Vejam, abaixo, algumas fotos tiradas na feira! 

Beijinhos!

Hélia





















terça-feira, 23 de outubro de 2012 17 comentários

A visita da lua...

E recebemos uma visita!

Graças à gentileza da professora Regina, da turma 22C, nós da 22D recebemos a visita da Lua... uma tartaruga muito simpática e esperta! Pois é, quem disse que tartarugas não são rápidas? Essa era bem espertinha!

Só que nós estamos achando que aquela tartaruga estava mais pra Sol do que pra Lua... É que, pelo que percebemos, era uma macho e não uma fêmea!

rsrs...

Mas foi muito divertido!

Olhem só as fotos!









Estou pensando em fazer o "Dia do Animal de Estimação na Escola"... Será?... Não, acho melhor não! Imagina o caos a confusão!

Beijinhos!

Professora Hélia
4 comentários

Mais aulas de História na novela "Lado a Lado"

Queridos alunos

Já estudamos sobre o "nascimento das favelas" e sobre a Guerra de Canudos em nossas aulas de História.

E não é que a novela "Lado a Lado" pode contribuir um pouco mais para retratar esse cenário do Brasil no início da República?

Vale a pena ler o texto abaixo e conferir.

E para ler ainda mais, visite o site de onde foi retirado o texto:

http://tvg.globo.com/novelas/lado-a-lado/Fique-por-dentro/naquele-tempo/noticia/2012/10/naquele-tempo-do-cortico-para-o-morro-da-providencia-que-historia-e-essa.html

Beijinhos!

Professora Hélia


Naquele Tempo... Do cortiço para o Morro da Providência: que história é essa?

 
O surgimento das favelas, quase simultâneo à instauração da República, frustrou as elites, que tentaram mas não conseguiram mandar para bem longe a população pobre do Rio de Janeiro – considerada uma ameaça à modernidade e à ordem da mais importante cidade do país, a Capital Federal.


Uma data de nascimento certa para as favelas talvez não exista. Mas pesquisas indicam que o Morro de Santo Antônio e o Morro da Providência foram as primeiras. Entre 1893 e 1894, soldados que combateram na Revolta da Armada* instalaram-se no Morro de Santo Antônio, no centro da cidade, sendo seus primeiros moradores. Documentos oficiais mostram que em 1897 já havia lá 41 casebres. Hoje, o Morro de Santo Antônio não existe mais pois, nos anos 50, houve o seu desmonte, onde foi aberta a Avenida Chile.

Já a história do Morro da Providência, apesar de controversa, parece ter relação direta com a demolição do cortiço Cabeça de porco, posto abaixo em 1893 pelo prefeito Barata Ribeiro. Alguns moradores, aproveitando restos de madeira colhidos da demolição, teriam subido o morro, próximo ao cortiço destruído, e reconstruído suas casas.

Em 1897, chegaram novos moradores: os soldados que defenderam a República na Guerra de Canudos *, na Bahia. Os ex combatentes exigiam do governo moradia própria, como premiação por terem lutado na guerra. Mas acabaram se instalando informalmente nos terrenos do morro, que passaram a chamar de Morro da Favela.


Durante o combate em Canudos, as tropas oficiais tinham se alojado em torno de um morro chamado “favela”. Tinha este nome justamente por ser coberto por uma planta conhecida como favela. Por lembrança ou semelhança, o morro da Providência remetia os soldados ao local da guerra, explicando assim o novo nome que deram ao morro. Somente nos anos 20 a palavra “favela” tornou-se o substantivo que até hoje é utilizado para qualificar todos os morros e colinas em que há habitações populares.

Em 1904, com o bota-abaixo do prefeito Pereira Passos, mais cortiços e habitações coletivas foram destruídos. E mais uma vez o morro foi uma solução de moradia, não apenas barata mas próxima aos locais de trabalho, evitando a transferência para o distante subúrbio. Tal como a realidade, é para o morro da Providência que se dirigem os personagens da novela.
Apesar de as habitações coletivas terem sido constantemente condenadas pela administração pública, principalmente na área central da cidade, as favelas acabaram sendo toleradas, crescendo com rapidez impressionante.

*Revolta da Armada(1893-1894) – movimento de rebelião contra o governo do marechal Floriano Peixoto, promovido por unidades da Marinha e supostamente apoiado pela oposição monarquista.

*Guerra de Canudos (1896-1897) – confronto entre o Exército Brasileiro e os integrantes de um movimento popular e religioso liderado por Antônio Conselheiro, na comunidade de Canudos, no interior da Bahia, terminando com o massacre de civis.

Por Rosane Bardanachvili
sexta-feira, 19 de outubro de 2012 5 comentários

Um pouco de História... Novela "Lado a Lado" e a Revolta da Vacina

Olá, aluno(a) querido da 22D!

Você assiste a novela "Lado a Lado", na Rede Globo?

Se assiste, já deve ter percebido que a novela ambienta-se na mesma época que estamos estudando em nossas aulas de História: o início da República! Sim, pouco depois da Lei Áurea e da Proclamação da República!

É interessante assistir e fazer um paralelo com o que estudamos e o que a novela mostra.

O site globo.com trouxe uma reportagem muito bacana sobre isso, no dia 16/10/2012. Vale a pena ler!

Naquele Tempo... Por que Zé Maria luta com a polícia na Revolta da Vacina?


Nos últimos capítulos de Lado a Lado, vimos que Zé Maria e Caniço estão juntos mais uma vez na resistência a uma medida governamental, que pretendia reurbanizar e sanear a cidade do Rio de Janeiro. Na primeira ocasião, lutaram contra a demolição do cortiço onde moravam, derrubado sem aviso prévio para a construção da Avenida Central.

Agora, trilhando caminhos bastante diferentes, os dois se envolvem na revolta popular contra a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola. O barbeiro, desconfiado das intenções do governo, se envolve nos protestos de rua para defender sua comunidade de um procedimento ainda pouco conhecido pela população: a vacina.
Caniço está a serviço do senador Bonifácio Vieira que, após passar para a oposição, se envolve em uma conspiração para derrubar o governo, remunerando os capoeiras para se infiltrar e promover arruaças nas manifestações de rua. Ao descobrir a real motivação de Caniço em participar do movimento, Zé Maria torna pública a armação do senador.
 

O que é ficção? O que é realidade?

O episódio conhecido como a Revolta da Vacina teve início no Rio, no dia 9 novembro de 1904, quando a Câmara dos Deputados aprovou a regulamentação da lei que tornava obrigatória a vacinação, determinando que somente os cidadãos vacinados poderiam, por exemplo, fazer matrícula em escola, conseguir emprego público ou privado, viajar, casar e votar. A imprensa e a oposição criticaram duramente o plano, que classificaram como “despotismo sanitário”, e os protestos rapidamente chegaram às ruas.

Por outro lado, o médico sanitarista Oswaldo Cruz, Diretor Geral de Saúde Pública e autor do regulamento, julgava a medida necessária porque a cidade enfrentava mais uma epidemia da doença, que segundo estatísticas da época, havia matado 4.201 pessoas no Distrito Federal.

"Morra o Governo!" e "Abaixo a Vacina!" foram as principais palavras de ordem do movimento que levou políticos, militares, estudantes e trabalhadores a protestar contra o presidente Rodrigues Alves, que tinha como principal meta de governo a modernização da capital da República.

A rebelião tomou conta das ruas e deputados da oposição organizaram comícios que reuniram milhares de pessoas, visando enfraquecer o governo. Barricadas foram erguidas nas principais ruas do Centro e dos bairros da Saúde e da Gamboa, por populares contrários à obrigatoriedade da vacina e insatisfeitos com as suas péssimas condições de vida.

Uma tropa de militares rebeldes da Escola Militar da Praia Vermelha partiu rumo ao Palácio do Catete, sede do governo, com o objetivo de depor o presidente, sendo contida por forças leais a ele após intenso combate na Rua da Passagem, em Botafogo.

As revoltas foram controladas no dia 16 de novembro, quando foi decretado o Estado de Sítio na capital e se iniciou uma a dura repressão aos revoltosos, com prisões e deportações para o Acre.

Você poderá ler mais, visitando o site de onde esse texto foi tirado:

http://tvg.globo.com/novelas/lado-a-lado/Fique-por-dentro/naquele-tempo/noticia/2012/10/naquele-tempopor-que-ze-maria-luta-com-a-policia-na-revolta-da-vacina.html
Beijinhos!

Professora Hélia
 
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