Olá, aluno(a) querido da 22D!
Você assiste a novela "Lado a Lado", na Rede Globo?
Se assiste, já deve ter percebido que a novela ambienta-se na mesma época que estamos estudando em nossas aulas de História: o início da República! Sim, pouco depois da Lei Áurea e da Proclamação da República!
É interessante assistir e fazer um paralelo com o que estudamos e o que a novela mostra.
O site globo.com trouxe uma reportagem muito bacana sobre isso, no dia 16/10/2012. Vale a pena ler!
Naquele Tempo... Por que Zé Maria luta com a polícia na Revolta da Vacina?
Nos últimos capítulos de
Lado a Lado, vimos que
Zé Maria e
Caniço
estão juntos mais uma vez na resistência a uma medida governamental,
que pretendia reurbanizar e sanear a cidade do Rio de Janeiro. Na
primeira ocasião, lutaram contra a demolição do cortiço onde moravam,
derrubado sem aviso prévio para a construção da Avenida Central.
Agora, trilhando caminhos bastante diferentes, os dois se envolvem
na revolta popular contra a obrigatoriedade da vacinação contra a
varíola. O barbeiro, desconfiado das intenções do governo, se envolve
nos protestos de rua para defender sua comunidade de um procedimento
ainda pouco conhecido pela população: a vacina.
Caniço está a serviço do senador
Bonifácio Vieira
que, após passar para a oposição, se envolve em uma conspiração para
derrubar o governo, remunerando os capoeiras para se infiltrar e
promover arruaças nas manifestações de rua. Ao descobrir a real
motivação de Caniço em participar do movimento, Zé Maria torna pública
a armação do senador.
O que é ficção? O que é realidade?
O episódio conhecido como a Revolta da Vacina teve início no Rio,
no dia 9 novembro de 1904, quando a Câmara dos Deputados aprovou a
regulamentação da lei que tornava obrigatória a vacinação, determinando
que somente os cidadãos vacinados poderiam, por exemplo, fazer
matrícula em escola, conseguir emprego público ou privado, viajar,
casar e votar. A imprensa e a oposição criticaram duramente o plano,
que classificaram como “despotismo sanitário”, e os protestos
rapidamente chegaram às ruas.
Por outro lado, o médico sanitarista Oswaldo Cruz, Diretor Geral de
Saúde Pública e autor do regulamento, julgava a medida necessária
porque a cidade enfrentava mais uma epidemia da doença, que segundo
estatísticas da época, havia matado 4.201 pessoas no Distrito Federal.
"Morra o Governo!" e "Abaixo a Vacina!" foram as principais palavras de
ordem do movimento que levou políticos, militares, estudantes e
trabalhadores a protestar contra o presidente Rodrigues Alves, que
tinha como principal meta de governo a modernização da capital da
República.
A rebelião tomou conta das ruas e deputados da oposição organizaram
comícios que reuniram milhares de pessoas, visando enfraquecer o
governo. Barricadas foram erguidas nas principais ruas do Centro e dos
bairros da Saúde e da Gamboa, por populares contrários à
obrigatoriedade da vacina e insatisfeitos com as suas péssimas
condições de vida.
Uma tropa de militares rebeldes da Escola Militar da Praia Vermelha
partiu rumo ao Palácio do Catete, sede do governo, com o objetivo de
depor o presidente, sendo contida por forças leais a ele após intenso
combate na Rua da Passagem, em Botafogo.
As revoltas foram controladas no dia 16 de novembro, quando foi
decretado o Estado de Sítio na capital e se iniciou uma a dura
repressão aos revoltosos, com prisões e deportações para o Acre.
Você poderá ler mais, visitando o site de onde esse texto foi tirado:
http://tvg.globo.com/novelas/lado-a-lado/Fique-por-dentro/naquele-tempo/noticia/2012/10/naquele-tempopor-que-ze-maria-luta-com-a-policia-na-revolta-da-vacina.html
Beijinhos!
Professora Hélia